Como a obstetrícia auxilia você em sua gravidez
A obstetrícia é a especialidade médica que a guiará antes, durante e depois da gravidez. O médico obstetra aconselha e apoia você durante este período tão importante. Ele trabalha com os melhores cuidados para você e seu bebê!
É justamente sobre essa especialidade que iremos falar um pouco mais neste artigo.
Consulta Pré Concepcional
Idealmente os cuidados com a gravidez devem começar antes de o teste ficar positivo.
É recomendado uma consulta 6 meses a 1 ano antes de começar a tentar engravidar, a fim de deixar o corpo pronto para a gestação.
Investigar / tratar possíveis doenças não diagnosticadas antes e que podem vir a trazer complicações para a gravidez e parto (hipertensão, diabetes, alterações da tireóide, …), colocar as vacinas em dia (há algumas vacinas que é importante tomar e não devem ser tomadas durante a gravidez), estimular um estilo de vida saudável (nutrição adequada, prática de atividades físicas, controle do uso de entorpecentes, cessar tabagismo, minimizar estresse, …) e iniciar o uso de ácido fólico 2-3 meses antes de começar a tentar engravidar. Esta vitamina é muito importante para a formação do sistema nervoso central (cérebro e medula) da criança e estudos já provaram que o seu uso impede o aparecimento de doenças como anencefalia e mielomeningocele.
Obstetrícia: Pré-natal
Pré natal é o nome dado ao acompanhamento da gestante antes do parto.
Tem como objetivo assegurar o desenvolvimento da gestação, permitindo o parto de um recém-nascido saudável, sem impacto para a saúde materna, inclusive abordando aspectos psicossociais e as atividades educativas e preventivas.
Envolve a realização de consultas médicas e realização de exames de sangue e de imagem. Durante a sua gravidez, é recomendado que você vá ao consultório do seu obstetra 10 a 14 vezes – para o pré natal ser considerado adequado deve haver no mínimo 7 consultas. As consultas podem ser feitas com Obstetra ou com enfermeira obstétrica, ou com os dois. No princípio as consultas são mensais e com evoluir da gestação o intervalo entre consultas vai encurtando.
Claro, tudo isso depende da situação de cada mulher. Durante o período de gravidez, nascimento e maternidade, o seu corpo e a sua vida mudam. Algumas gestantes poderão precisar de mais cuidado e atenção, requerendo consultas mais frequentes – casos de gestação de alto risco.
Rastreio Pré-natal
Dependendo do protocolo, os exames realizados e a sua repetição ou não podem variar. Em geral, podem ser solicitados:
Exames de sangue
Exames são requeridos em vários momentos da gravidez. Dependendo do protocolo, os exames realizados e a sua repetição ou não podem variar. Em geral, podem ser solicitados:
- Tipo sanguíneo e fator rh;
- Anticorpos do grupo sanguíneo;
- Hemoglobina (para ver se você está anêmica);
- Sorologias: sífilis, hepatite B, hepatite C, HIV, toxoplasmose, rubéola;
- Glicose em jejum e curva glicêmica;
- Exames de tireóide, vitamina D;
- Rastreamento bioquímico para alterações genéticas e hipertensão na gestação;
- Pesquisa de sexagem fetal e DNA fetal a partir do sangue da mãe.
Todas essas disposições são necessárias para oferecer os devidos cuidados durante a gravidez. Os resultados são discutidos com o casal para planejarem junto com o obstetra o tratamento adequado.
Exames de imagem (ultrassonografia)
Permite a visualização do bebê ainda dentro do útero. Sendo possível estudar suas características físicas e reconhecer anomalias que podem vir a ser tratadas ainda na gestação. Serve também para estudo da placenta e do líquido amniótico, avaliando o bem estar fetal.
A depender dos achados iniciais, o ultrassom pode servir de guia para a realização de procedimentos invasivos, tais como biópsia de vilo corial, cordocentese e amniocentese.
Outros exames
Outros exames podem ser solicitados a depender dos achados clínicos da paciente, bem como de seus antecedentes. Por exemplo – papanicolau, eletrocardiograma, ecocardiograma materno e/ou fetal, dosagem de proteína na urina, radiografias (sempre com proteção abdominal), etc.
Obstetrícia: Parto normal e cesariana
E depois de tudo isso o bebê precisa nascer. Existem duas formas de realizar o procedimento do parto: a cesariana e o parto vaginal. Neste momento vou descrever muito resumidamente os dois procedimentos, pois cada um merecerá um artigo em separado.
O parto vaginal é aquele em que o neném nasce através da vagina da mãe. Acontece em seguida ao trabalho de parto – contrações uterinas que fazem o colo do útero dilatar e empurra o bebê para fora do corpo materno. É frequentemente chamado de parto normal. Pode durar desde algumas horas a alguns dias. Pode ser realizado em casa ou no hospital, com ou sem anestesia (analgesia de parto), com ou sem auxílio de instrumentos (parto fórcipe), com ou sem auxílio de hormônios externos (ocitocina).
A cesariana é uma cirurgia pélvica na qual é realizada um corte no abdome inferior (aproximadamente na linha onde se inicia o crescimento dos pelos pubianos) e no útero, trazendo o bebê ao mundo através desta incisão. Pode ser realizada antes ou durante o trabalho de parto, de modo eletivo (agendado a pedido da mãe ou por conta de alguma complicação da gestação) ou ser uma urgência (cesárea por alteração no bem estar fetal durante o trabalho de parto, por exemplo). É sempre realizada sob anestesia em ambiente hospitalar. O procedimento em si dura em média 40 minutos a 1 hora.
A via de parto é, na maioria das vezes, uma escolha materna. Durante o pré-natal a gestante vai se esclarecendo sobre os tipos de parto, riscos e benefícios das duas vias, condições da gestação e junto com o obstetra optam pela via que mais se adapta ao seu caso. Importante lembrar que quando se opta pelo parto normal deve-se considerar que será uma tentativa de parto normal.
Não há dados clínicos que permitem prever com absoluta certeza se aquele trabalho de parto vai evoluir favoravelmente para o parto normal. O importante é manter o foco na segurança da mãe e do bebê e, se houver necessidade de mudar o plano de parto, não se sentir mal com isso.
Obstetrícia: Pós-parto
E se você acha que depois do parto as mudanças tinham acabado, pense novamente. Após o parto começa o puerpério, que vai até o 42º dia pós nascimento do bebê, e envolve a adaptação à maternidade e retorno do corpo materno ao que era antes da gestação – um período cheio de novidades.
A internação hospitalar costuma durar entre 48 e 72 horas, quando geralmente o binômio mamãe e bebê adquirem condições para amadurecer sua relação em casa.
Além das orientações no hospital o obstetra te acompanha após o parto.
De modo geral é feita uma consulta entre 10-14 dias pós parto, para avaliar a recuperação inicial, cicatrização pós parto, estabelecimento da amamentação, condições clínicas e psicossociais da mãe; e uma segunda consulta quando acaba esse período de puerpério imediato, um mês e meio a dois meses após o nascimento – nesta consulta são abordados temas como retorno às atividades físicas, retomada de atividade sexual, anticoncepção, etc.
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Dra. Juliana Ribeiro
Com você pode perceber a especialidade obstetrícia é fundamental para sua saúde como mãe e para o seu bebê. Por isso, se você está grávida ou pensando em engravidar, não deixe de procurar um profissional habilitado, que muitas vezes pode ser o Ginecologista que já te acompanha.