A flacidez vaginal é uma condição comum em mulheres acima dos 40 ou 50 anos, principalmente entre aquelas que tiveram filhos e já entraram na menopausa.
Afinal, assim como os demais músculos e pele do corpo, aqueles presentes na região íntima também são afetados pela queda na produção de colágeno e estrogênio.
Consequentemente, há uma mudança anatômica na região, provocando nas mulheres sintomas físicos e impactos psicológicos. Continue lendo e entenda melhor a flacidez vaginal!
O que é flacidez vaginal?
A flacidez vaginal é uma condição caracterizada pela perda da elasticidade e tônus dos músculos que circundam a vagina, provocando, principalmente, modificações estéticas e muitas vezes funcionais na região íntima da mulher.
Apesar desta condição não provocar nenhum risco à saúde da mulher, pode trazer alguns prejuízos para a qualidade de vida.
Por exemplo, costuma afetar a autoestima e, assim, reduzir o desejo sexual da paciente.
Por que ocorre a flacidez vaginal?
Assim como ocorre em outras partes do corpo, os músculos da região íntima feminina também são afetados pela redução na produção de colágeno e perda da elasticidade causados pelo avanço da idade. Isso se associa principalmente à redução da produção de estrogênio pelos ovários após a menopausa.
Dessa forma, mulheres com mais de 40 anos estão suscetíveis a apresentar flacidez vaginal, e isso se acentua após os 50 anos.

Contudo, o envelhecimento não é a única causa para essa condição, que também pode surgir devido:
- Parto normal;
- Múltiplas gravidezes;
- Perder grande quantidade de peso (principalmente quando isso ocorre muito rápido);
- Artrite reumatoide e lúpus;
- Miopatia;
- Cirurgias na região íntima;
- Sedentarismo;
- Tabagismo;
- Menopausa;
- Uso de anabolizantes.
Quais são as consequências para a mulher?
A flacidez vaginal pode causar consequências físicas para a mulher, como também psicológicas. Afinal, essa mudança acaba afetando o bem-estar e autoestima da maioria.
Conheça abaixo os principais sintomas físicos e emocionais dessa condição e descubra seus principais sinais:
Sintomas físicos da flacidez vaginal
- Ressecamento vaginal;
- Incontinência urinária;
- Sensação de exteriorização dos órgãos como bexiga, útero e intestino através da vagina;
- Sensação de vagina larga;
- Flatos vaginais durante a relação sexual;
- Redução da libido.
Consequências psicológicas da flacidez vaginal
Além dos sintomas físicos apresentados acima, a mulher com flacidez vaginal também pode ter o emocional abalado, devido às modificações estéticas em sua região íntima.
Consequentemente, é comum que pessoas com essa condição tenham menos prazer e interesse em atividades sexuais, principalmente por não se sentirem confortáveis e confiantes.
Além disso, outro sintoma bastante presente é a dificuldade em chegar ao orgasmo, devido ao desconforto estético.
Como é feito o diagnóstico dessa condição?

Após conhecer os sintomas e sinais da flacidez vaginal, a mulher pode ter a suspeita de ter este quadro.
Contudo, para chegar em um diagnóstico mais assertivo, o ideal é agendar uma consulta com a ginecologista de confiança, que irá avaliar o histórico de saúde da paciente, realizar um exame físico e, se necessário, solicitar outros exames ginecológicos para descartar a existência de algum problema de saúde.
Além disso, através desse acompanhamento poderemos definir o melhor tratamento para cada situação.
Quais são as opções de tratamento para a flacidez vaginal?


Os sintomas e aparência da flacidez vaginal podem ser amenizados através de diferentes tratamentos.
A abordagem para cada caso vai depender do tipo de estrutura que apresenta a flacidez (músculos ou tecido subcutâneo e conjuntivo) e do tipo de queixa que a paciente apresenta.
Algumas possibilidades:
1. Laser
O laser de CO2 é o mais utilizado no tratamento da flacidez vaginal, pois favorece a produção de novas fibras de colágeno, ajudando a melhorar a espessura do epitélio vaginal.
Além disso, outra vantagem é que esse é um tratamento minimamente invasivo, que pode ser realizado no consultório médico e em poucos minutos, apenas com aplicação de anestesia local.
A paciente também não precisa de repouso ou afastamento, podendo retornar às suas atividades logo após a consulta.
Considerando essas praticidades e vantagens, o tratamento a laser CO2 é bastante eficiente e vem ajudando várias mulheres a recuperarem sua qualidade de vida.
Este tratamento é mais indicado quando o acometimento é apenas superficial, na pele da vulva e mucosa da vagina.
2. Fisioterapia e exercícios
Diferente do tratamento a laser, a fisioterapia e a prática de exercícios exigem mais tempo e paciência da mulher, mas demonstram excelentes resultados na diminuição dos sintomas da flacidez vaginal.
Isso acontece, pois essa prática ajuda a recuperar a musculatura e firmeza dessa região, através do estímulo dos músculos vaginais.
Nesse caso, um dos métodos disponíveis são os chamados exercícios de Kiegel e possuem apenas como contraindicações a existência de infecção urinária ou durante o período menstrual.
Quando a estrutura acometida é a musculatura do assoalho pélvico este é o tratamento recomendado, pois estruturas mais profundas precisam ser trabalhadas para se ter um resultado satisfatório.
3. Preenchimento
O ácido hialurônico também pode ser utilizado para estimular a produção de colágeno e reduzir a flacidez da região íntima feminina.
Assim, este é um dos tratamentos da flacidez vaginal realizado de forma um pouco mais invasiva que o laser, mas que também pode ser feito em consultório e sem necessidade de intervenções cirúrgicas.
Geralmente, as mulheres precisam ficar em recuperação por, no máximo, duas semanas.
É uma opção para ajudar na flacidez da pele da vulva, principalmente.
Dito isso, é preciso alertar que todos os dias somos bombardeados com diferentes novas tecnologias (inclusive diferentes tipos de lasers, cadeiras e outros aparelhos) para tratamento deste tipo de sintoma, sempre voltados para o público feminino.
Diferentes tipos de laser e substâncias para volumização da região genital estão disponíveis e têm o apelo de sessões únicas com retoques anuais, ou seja, de “simples” uso, quase sempre se aproveitando da necessidade feminina de aprovação estética.
Nem todas essas tecnologias e materiais divulgados têm evidência científica comprovada para este fim e é preciso ter cuidado com o uso indevido por profissionais não habilitados para manejar possíveis intercorrências advindas deste uso.
Sempre se certifique - verifique certificados de treinamentos, casos previamente tratados e resultados, formação técnica do profissional e liberação de órgãos sanitários para funcionamento das clínicas e consultórios - de estar fazendo um procedimento com equipe devidamente habilitada para sua realização.
Uma outra coisa a se considerar é se você realmente tem um problema que precisa ser tratado ou se está sendo impelida a realizar algum procedimento por pressão externa.
Mudar após ter um filho ou entrar na menopausa é normal e todas as fases da vida tem sua beleza.
Como prevenir a flacidez vaginal?

Ainda que a flacidez vaginal seja um fenômeno comum em razão do avanço da idade, as mulheres também podem adotar alguns hábitos capazes de prevenir ou atrasar/atenuar o surgimento da condição.
Dentre eles, há a prática de exercícios pélvicos, que ajudam a aumentar a elasticidade da região íntima e manter sua firmeza por mais alguns anos.
Além disso, é importante que as mulheres evitem os fatores de risco dessa condição, como tabagismo, sedentarismo, obesidade, constipação intestinal e uso de anabolizantes.
Então, mantenha hábitos saudáveis ao longo da sua vida, cuidando de todas as partes do seu corpo de modo a evitar uma série de problemas com o avançar da idade, incluindo a flacidez vaginal.
Não esqueça de procurar uma Ginecologista de confiança caso identifique algum dos sinais apresentados anteriormente!
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