Diferentes tipos de hímen: descubra tudo sobre o tema

jan. 18, 2024
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Entre uma série de questões da anatomia feminina, muitas vezes rodeada por tabus e desinformação, destaca-se os diferentes tipos de hímen.

Este pequeno tecido, que reveste parcialmente a abertura vaginal, tem sido alvo de especulações e concepções equivocadas ao longo do tempo.


Por isso, é fundamental compreender que existem diferentes tipos de hímen e que cada um pode apresentar variações anatômicas únicas.


Assim, ao entender a diversidade existente, podemos contribuir para uma conversa mais esclarecedora sobre a saúde e sexualidade feminina, promovendo conhecimento e desconstruindo estigmas.


O que é o hímen?


O hímen é uma membrana que cobre parcialmente a entrada da vagina, podendo variar em termos de espessura, elasticidade e formato.

Biologicamente, o hímen não possui uma função clara estabelecida e sua presença e características variam entre as mulheres.


Alguns estudos sugerem que o hímen pode ter um papel protetor nas fases iniciais da vida, atuando como uma barreira contra a entrada de bactérias no trato genital.


Sabemos que esta estrutura é frequentemente associada à virgindade, mas devemos ressaltar que a presença ou ausência do hímen não é um indicador confiável de experiência sexual. 



Falamos mais sobre o assunto adiante!


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Quais são os tipos de hímen?


Existem vários tipos de hímen e as características podem variar consideravelmente de uma mulher para outra. Alguns dos principais tipos incluem:


Hímen anular ou circular


Este é o tipo mais comum.


O hímen forma um anel ao redor da abertura vaginal, podendo ter uma abertura central ou ser mais denso.


Normalmente, este tipo de hímen possibilita a ocorrência regular da menstruação.


Hímen complacente


O hímen complacente também apresenta um orifício central, mas se destaca pela sua flexibilidade.


Isso implica que ele raramente se rompe de uma só vez, adaptando-se à penetração.


Nesse contexto, a ruptura ocorre gradualmente, especialmente nas primeiras relações sexuais, mas há a possibilidade de que nunca se rompa completamente.


Então, pode ocorrer da paciente ter dores mais fortes durante o ato sexual, que poderão permanecer em todas as relações.


Nestes casos, pode ser necessária a realização de uma cirurgia para amenizar o problema. 


Hímen septado ou biperfurado


Existem tipos de hímens mais resistentes, como o septado, que possui apenas um orifício, mas é dividido por uma membrana, o que pode tornar as primeiras relações sexuais mais desafiadoras.


No entanto, caso isso ocorra, é possível resolver a situação de forma simples por meio de um procedimento ambulatorial para remover essa membrana.


Hímen cribiforme


O hímen cribiforme é visualmente fácil de imaginar.


Ele apresenta orifícios menores, semelhantes a uma peneira, facilitando a passagem de secreções vaginais e do sangue menstrual.


Em alguns casos, devido à sua resistência, pode ser necessário realizar uma intervenção cirúrgica para removê-lo.


Hímen imperfurado


Esse é o tipo de hímen mais raro.


Geralmente, ele é identificado antes do início da vida sexual, pois a membrana cobre completamente a abertura da vagina.


Isso impede a passagem da menstruação e das secreções vaginais, levando a sintomas como ausência de menstruação na puberdade ou dores na região abdominal e pélvica.



Nestes casos, é necessária uma intervenção cirúrgica para a remoção do hímen.


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O que acontece quando o hímen é rompido?


Algumas pessoas acreditam erroneamente que o hímen passa por uma transformação instantânea, mudando de uma barreira que fecha completamente a abertura da vagina para um anel de pele rompido com um orifício.


No entanto, na realidade, a ruptura do hímen não ocorre dessa maneira.


A extensão do rompimento do hímen pode variar de uma pequena abertura a uma maior, dependendo de diversos fatores.


Então, o hímen rompido continua lá, apenas um pouco mais frouxo ou com um formato diferente.


E, embora não haja uma maneira definitiva de determinar se o hímen foi rompido com base em sintomas, algumas mulheres podem experimentar leve dor e discreto sangramento.


Além disso, outras podem nem perceber que isso aconteceu.



Tipos de hímen e virgindade


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O hímen, por muito tempo considerado um símbolo tradicional da virgindade, ainda mantém essa conotação.


Quando uma mulher tem sua primeira relação sexual, espera-se que ocorra sangramento devido à ruptura dessa membrana.


Porém, ao compreender melhor os diferentes tipos de hímens femininos, percebemos que nem todos se rompem e que isso não resulta necessariamente em sangramento.


Além disso, é fundamental ressaltar que este rompimento pode ocorrer em várias situações além do ato sexual, como durante uso de coletor menstrual ou absorvente interno, e até mesmo durante a utilização de brinquedos sexuais.


Portanto, não faz sentido colocar tanta pressão em uma pequena membrana no canal vaginal.


Sabemos que a perda da virgindade vai muito além da ruptura do hímen!


Nesse sentido, o acontecimento relaciona-se mais com a experiência de um contato íntimo com a parceria, especialmente porque nem sempre há penetração no ato sexual.


Quais são os sintomas de problemas relacionados ao hímen e o que fazer?


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Problemas associados ao hímen podem se manifestar de diversas formas, a depender de cada situação. 


Por exemplo, a paciente pode ter impedimento da liberação de secreções vaginais e menstruação, em casos de hímen imperfurado. 


Poderá também experimentar dor intensa durante atividades físicas, uso de absorventes internos ou tentativas de relação sexual, caso tenha um hímen complacente. 


Nestes casos, será necessário realizar a himenotomia, uma pequena cirurgia na qual realizamos a abertura do hímen.


Ou seja, fazemos um corte na membrana e retiramos o excesso de pele para criar um orifício semelhante ao natural.


No geral, indicamos este procedimento em casos de pacientes jovens com hímen imperfurado ou mulheres com hímen complacente.


Mesmo em casos em que já houve a ruptura do hímen a percepção de carúnculas himenais, os resquícios da membrana, pode desencadear algum desconforto. É importante não tentar cutucar ou removê-las por conta própria. 


Já questões psicológicas relacionadas ao hímen podem ser abordadas com o apoio de um especialista em saúde mental.

Independentemente do problema, manter a comunicação aberta com a especialista é imprescindível.


Lembre-se de que seu bem-estar e sua saúde sexual e reprodutiva são fundamentais para sua qualidade de vida.


Em caso de dúvidas, marque uma consulta com a ginecologista o quanto antes!


Dra Juliana Ribeiro - Ginecologista em São Paulo

Dra. Juliana Ribeiro

Ginecologia, Obstetrícia e Saúde Feminina


Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.


Acredito que a prevenção é a melhor escolha sempre e que o engajamento da paciente no tratamento é a melhor forma de ele dar certo.

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