A fisioterapia pélvica é uma aliada poderosa para a saúde íntima e o bem-estar geral, mas ainda é pouco conhecida por muitas pessoas.
Ela desempenha um papel fundamental no tratamento de disfunções relacionadas ao assoalho pélvico, uma estrutura muscular essencial que sustenta órgãos importantes como a bexiga, o útero e o reto.
Quando esses músculos enfraquecem ou se tornam excessivamente tensos, podem surgir condições como incontinência urinária, dor pélvica e disfunções sexuais que comprometem a qualidade de vida.
Felizmente, com técnicas especializadas e exercícios específicos, a fisioterapia pélvica ajuda a restaurar a função adequada dessa musculatura, proporcionando alívio e prevenindo complicações futuras.
Se você já enfrentou algum desconforto pélvico ou busca entender mais sobre essa especialidade, este artigo vai esclarecer suas dúvidas e mostrar como essa abordagem terapêutica pode transformar sua saúde e bem-estar.
O que é fisioterapia pélvica?
A fisioterapia pélvica é uma especialidade da fisioterapia que se concentra na prevenção e tratamento de disfunções relacionadas ao assoalho pélvico.
O tratamento inclui técnicas específicas, exercícios de fortalecimento e relaxamento muscular, além de orientações posturais e comportamentais.
Dessa forma, é possível restaurar a função adequada do assoalho pélvico e, principalmente, melhorar a qualidade de vida de quem busca esse cuidado.
É importante citar que o assoalho pélvico é formado por músculos e ligamentos localizados na base da pelve óssea.
Sua principal função é oferecer suporte aos órgãos pélvicos, como o reto, o útero e a bexiga.
Ele desempenha um papel essencial no controle da micção e evacuação, regulando a contração e o relaxamento dos esfíncteres.
Além disso, contribui para a estabilização do corpo, interagindo com o abdômen e os membros inferiores.
Quais são as principais condições tratadas pela fisioterapia pélvica?
A fisioterapia pélvica é uma especialidade voltada para o tratamento de diversas condições que afetam o assoalho pélvico feminino, como por exemplo:
A perda involuntária de urina é uma condição comum em mulheres, especialmente após a gestação ou devido ao enfraquecimento muscular da região pélvica.
Esse problema pode ocorrer tanto durante esforços, como ao tossir ou espirrar, quanto em situações mais cotidianas, impactando bastante o cotidiano da paciente.

A dor persistente na região pélvica pode estar associada a diversas condições, como endometriose, aderências ou disfunções musculares.
Assim, a fisioterapia pélvica pode ajudar a aliviar essa dor, com técnicas de relaxamento muscular, alongamentos e fortalecimento, além de estratégias para melhorar a postura e o alinhamento do corpo.
Disfunções sexuais
Algumas mulheres enfrentam condições como vaginismo (contração involuntária da musculatura vaginal) ou dispareunia (dor durante a relação sexual).
Essas condições podem ser tratadas com fisioterapia pélvica, que utiliza exercícios de relaxamento e fortalecimento muscular para restaurar a funcionalidade da musculatura pélvica, melhorando a dor e a tensão durante o ato sexual.
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Prolapso genital
O prolapso ocorre quando órgãos como o útero, bexiga ou reto se deslocam para baixo, geralmente devido ao enfraquecimento do assoalho pélvico.
A fisioterapia pélvica ajuda a fortalecer os músculos e ligamentos que sustentam esses órgãos, prevenindo ou retardando o progresso do prolapso e melhorando a qualidade de vida da paciente.
Incontinência fecal
A perda involuntária de fezes é uma condição que pode ocorrer após o parto ou em situações de enfraquecimento dos músculos pélvicos.
Nesse contexto, a fisioterapia pélvica pode ser eficaz no tratamento da incontinência fecal, com técnicas de fortalecimento muscular, controle da coordenação e treinamento para melhorar a função do esfíncter anal.
Constipação crônica
Podemos tratar a dificuldade persistente para evacuar com a fisioterapia pélvica.
Essa técnica é capaz de melhorar a coordenação entre os músculos pélvicos e abdominais.
Além disso, pode-se ensinar a paciente a adotar hábitos adequados para a evacuação, aliviando sintomas de constipação crônica e promovendo a saúde intestinal.
Gestantes podem aderir à fisioterapia pélvica?

Sim, gestantes podem e devem fazer fisioterapia pélvica, pois ela traz inúmeros benefícios tanto durante a gestação quanto no preparo para o parto.
Durante a gravidez, o corpo da mulher passa por diversas mudanças que podem gerar desconfortos, como dores na região lombar, pressão na pelve e incontinência urinária.
Dessa forma, a fisioterapia pélvica ajuda a fortalecer e equilibrar os músculos do assoalho pélvico, preparando-os para suportar o peso extra e as demandas do parto.
Essa prática melhora a consciência corporal, ensina técnicas de relaxamento e ajuda a prevenir problemas como o prolapso de órgãos pélvicos e lacerações durante o trabalho de parto.
Além disso, após o nascimento do bebê, a fisioterapia também colabora para a recuperação da função muscular, ajudando na cicatrização e no retorno à rotina de forma mais confortável e segura.
Porém, sempre recomendamos que gestantes consultem suas obstetras antes de iniciar qualquer tratamento para garantir que ele seja adequado às suas necessidades.
Como é realizada a fisioterapia pélvica?
A fisioterapia pélvica é realizada por meio de uma abordagem terapêutica personalizada, programada pela especialista em saúde da mulher em o junto com uma fisioterapeuta especializada na região.
Com base na avaliação inicial e no histórico médico da paciente, são aplicadas diversas técnicas, como os exercícios de Kegel, entre outras.
Esses exercícios visam fortalecer os músculos do assoalho pélvico através de contrações e relaxamentos controlados, sendo eficazes no tratamento de incontinência urinária e na melhoria da função sexual.
Outra técnica importante é o biofeedback, que utiliza dispositivos para fornecer feedback visual ou auditivo sobre a atividade muscular, ajudando a paciente a identificar e controlar os músculos pélvicos de forma mais eficaz.
Além disso, a eletroestimulação também pode ser utilizada, aplicando correntes elétricas de baixa intensidade para estimular os músculos do assoalho pélvico, sendo útil especialmente para pacientes com dificuldades em realizar contrações voluntárias.
Já a terapia manual alivia tensões musculares e melhora a circulação da região pélvica, promovendo o relaxamento.
Durante o tratamento, o fisioterapeuta responsável também pode fornecer orientações sobre posturas adequadas, hábitos miccionais e evacuatórios, além de recomendar exercícios complementares para melhorar a coordenação e a força muscular.

Existe contraindicação para a fisioterapia pélvica?
A fisioterapia pélvica é uma abordagem terapêutica segura e eficaz para a maioria das pessoas, sem contraindicações específicas.
Entretanto, é fundamental que a avaliação inicial seja realizada por um profissional qualificado, como a ginecologista, para identificar condições que possam necessitar de cuidados especiais.
Por exemplo, em casos de infecções ativas na região pélvica ou de cânceres ginecológicos em tratamento, a fisioterapia pélvica pode ser contraindicada ou requerer adaptações específicas.
Como realizamos o diagnóstico para a indicação da fisioterapia pélvica?
O diagnóstico para a indicação da fisioterapia pélvica começa com uma avaliação clínica detalhada.
Isso é fundamental para identificar qualquer disfunção no assoalho pélvico.
Assim, iremos avaliar sintomas como incontinência urinária, dor pélvica crônica, dificuldade em evacuar ou dor durante a relação sexual, entre outros, além de realizar exames físicos específicos.
Dependendo dos sinais apresentados, também podemos solicitar exames complementares, como ultrassonografia ou exames urodinâmicos, para ter um diagnóstico mais preciso.
Após o diagnóstico, poderemos encaminhar a paciente para um fisioterapeuta especializado em fisioterapia pélvica, que, com base na avaliação, vai desenvolver um plano de tratamento personalizado.

Portanto, se você está experimentando qualquer sintoma irregular ou percebeu mudanças em sua saúde pélvica, agende uma consulta com a ginecologista o quanto antes.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para restaurar a função do assoalho pélvico e melhorar a sua qualidade de vida!
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