Existem diversos métodos contraceptivos no mercado, mas antes de escolher qual mais se adapta ao seu estilo de vida, é importante conhecer a fundo o funcionamento, o mecanismo de ação, os efeitos colaterais e as indicações de uso de cada um deles.
Pensando nisso, trouxemos informações detalhadas sobre o adesivo contraceptivo. Confira.
O adesivo contraceptivo é um método hormonal em formato de adesivo, indicado para evitar a gravidez.
Como não se trata de um adesivo transparente, pode ficar visível a depender do local colocado e do tipo de roupa que a mulher utiliza.
Existe apenas uma marca de adesivo contraceptivo disponível no Brasil. O adesivo contraceptivo conta com uma progesterona derivada da noretisterona, a norelgestromina e um derivado estrogênico, etinilestradiol.
É, portanto, mais um tipo de contraceptivo hormonal combinado.
Evra é a única marca de adesivo contraceptivo disponível no Brasil.
Cada adesivo transdérmico tem uma área de superfície de 20 cm2, e foi desenvolvido para prover a liberação contínua de norelgestromina e de etinilestradiol na corrente sanguínea, durante sete dias de uso.
Ele libera em média 203 mcg de norelgestromina e 33,9 mcg de etinilestradiol num período de 24 horas, esse hormônio é absorvido diretamente pelos capilares sanguíneos que ficam sob a pele.
Assim como outros contraceptivos combinados, atua na supressão das gonadotrofinas pela ação estrogênica e progestogênica do etinilestradiol e da norelgestromina respectivamente.
O mecanismo de ação primário é a inibição da ovulação, mas alterações no muco cervical, na motilidade das tubas uterinas e no endométrio também podem contribuir para a eficácia do produto.
Se utilizado corretamente, a chance de engravidar é de aproximadamente 1%.
O adesivo deve ser diretamente aplicado na pele, em áreas não expostas ao sol, como por exemplo, na parte inferior do abdômen, na parte superior dos braços, nas nádegas ou nas costas. A aplicação deve acontecer no primeiro dia da menstruação e depois de 7 dias o adesivo deverá ser trocado.
A troca deve acontecer todas as semanas, durante 3 semanas, deixando a quarta semana sem adesivo para que a menstruação ocorra.
Assim sendo, os adesivos devem ser trocados no mesmo dia da semana, chamado de ‘ ’dia de troca ’’, sendo assim, se você aplicar o adesivo em um domingo, todos os adesivos seguintes devem ser aplicados no domingo.
A cada troca é indicado que o adesivo contraceptivo seja colado em área diferente do corpo, a fim de evitar irritação.
Lembrando que a pele deve estar higienizada, limpa, seca e sem pelos. O local escolhido não deve ter fricção por roupas justas, além disso, não é indicado colocar em regiões avermelhadas ou com cortes.
Não deve aplicar maquiagem, cremes ou qualquer outro produto do tipo na área onde o adesivo foi colocado.
Os efeitos colaterais mais comuns, relatados durante os estudos clínicos do adesivo contraceptivo , foram:
O uso de contraceptivos combinados, independente da formulação, está associado a um pequeno aumento no risco de trombose.
Entretanto este aumento é menor do que o risco de trombose associado à gestação ou puerpério, em mulheres da mesma idade.
Dor de cabeça é um efeito colateral comum com o uso de contraceptivos combinados. Enxaqueca é um tipo específico de dor de cabeça, com diferentes causas e fatores de risco, e o uso de contraceptivos não leva ao surgimento desta doença.
Todavia o uso de contraceptivos hormonais combinados favorece ao surgimento de crises de enxaqueca.
Portadoras de enxaqueca, especialmente com aura, não devem usar contraceptivos hormonais combinados.
Sim. Por ser um método hormonal pode causar varizes, embora não seja comum a todas as mulheres.
Não há estudos específicos que correlacionam o risco de desenvolvimento de câncer em usuárias de adesivo contraceptivo. Podemos extrapolar os dados de estudos realizados com pílulas combinadas.
O câncer de mama foi diagnosticado um pouco mais frequentemente em mulheres que usam pílulas combinadas, mas não se sabe se isso é causado pelo tratamento. Por exemplo, pode ser que os tumores tenham sido encontrados mais em mulheres tratadas com pílulas combinadas porque elas são examinadas mais frequentemente pelo médico.
Em raros casos de usuárias de pílulas, foram relatados tumores benignos do fígado e, ainda mais raramente, tumores malignos do fígado.
O uso de anticoncepcionais combinados é considerado fator de proteção contra câncer de ovário e de endométrio.
Não houve relação entre o uso de contraceptivos combinados e o desenvolvimento de câncer de colo uterino.
Nos estudos pós comercialização foi encontrado relato de aumento de peso em 2,5% das usuárias.
O adesivo contraceptivo é altamente eficaz, quando utilizado da forma correta, além disso, é de fácil manutenção e indolor.
A mulher não precisa se lembrar todos os dias de trocar e não atrapalha em nada a vida sexual.
Não há necessidade de outra pessoa para a aplicação do método.
E em casos de efeitos adversos a simples remoção do adesivo em uso leva à parada do efeito hormonal em até 24 horas.
Segundo a bula do adesivo contraceptivo ele não deve ser retirado para ir à praia ou piscina, podendo ser utilizado normalmente nessas ocasiões.
Em geral, a maioria das mulheres podem utilizar desse método, há algumas contraindicações como veremos no próximo tópico.
Este método anticoncepcional não é recomendado para mulheres com mais de 90 kg, por ser menos eficaz nesta população devido maior área de superfície corporal na qual os hormônios se distribuem. Não conseguimos garantir o efeito anovulatório que promove a anticoncepção. Nesses casos, o ideal é discutir com a sua Ginecologista a possibilidade de outro método anticoncepcional.
Outras situações que requerem cuidados antes de usar este método ou nos quais outros métodos estão indicados:
Se você esquecer de trocar o adesivo após 7 dias de uso, o ideal é utilizar um método não hormonal adicional, como a camisinha, por uma semana para depois começar o novo dia de troca.
A partir da segunda semana, caso esqueça de trocar por até dois dias, aplique um novo adesivo assim que lembrar e não mude o dia de troca, nesses casos, outro método não será necessário.
Contudo, se o esquecimento ultrapassar dois dias, é necessário usar outro método por uma semana e começar novamente o dia 1.
Se na última se esquecer de remover o adesivo, faça isso quando se lembrar e comece normalmente o seu próximo ciclo, não há necessidade de um novo método.
Outras opções disponíveis no mercado, que agem de forma parecida, são:
Consulte sempre sua Ginecologista para encontrar o melhor método para seu caso!
O post Você Conhece o Adesivo Contraceptivo? apareceu primeiro em Dra Juliana Teixeira Ribeiro.
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