Esta complicação geralmente resulta de infecções não tratadas, por exemplo, aquelas causadas por bactérias sexualmente transmissíveis.
Assim, é essencial procurar atendimento médico especializado se houver suspeita de abscesso tubo-ovariano, pois o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para prevenir complicações e promover uma recuperação plena da saúde ginecológica.
Inicialmente, precisamos explicar que as tubas uterinas, também conhecidas como trompas de Falópio, são as estruturas do sistema reprodutor feminino que ligam os ovários ao útero.
A função principal das tubas é facilitar o transporte das células reprodutivas da mulher (óvulos) e do homem (espermatozóides), sendo o local onde ocorre a fecundação.
O abscesso tubo-ovariano é uma complicação séria de uma infecção no aparelho reprodutor que se espalha para as trompas de Falópio e os ovários, resultando na formação de um acúmulo de pus.
Geralmente, essa condição é causada por bactérias sexualmente transmissíveis, como a clamídia e a gonorreia, ou por outras infecções bacterianas.
Os sintomas característicos do abscesso tubo-ovariano nas mulheres incluem:
A Doença Inflamatória Pélvica (DIP) é uma condição que resulta na inflamação dos órgãos reprodutivos superiores femininos, incluindo o útero, as trompas de Falópio (tubas uterinas) e os ovários.
Esta condição, geralmente, é desencadeada por uma infecção bacteriana.
Nesse caso, a infecção se espalha a partir da vagina e do colo do útero para os órgãos internos, provocando inflamação, irritação e danos nos tecidos dos órgãos reprodutivos.
Diversos fatores de risco estão associados à ocorrência da Doença Inflamatória Pélvica, como por exemplo:
Se você quer saber mais sobre a doença inflamatória pélvica (DIP), acesse esse artigo em nosso blog!
O diagnóstico preciso de um abscesso tubo-ovariano envolve uma avaliação clínica completa, que inclui a compreensão do histórico médico detalhado e exame físico.
Durante a consulta, buscamos compreender os sintomas relatados pela paciente, seu histórico médico e fatores de risco.
Já o exame físico é realizado para avaliar sensibilidade, dor e inchaço na região pélvica.
Além disso, solicitamos exames de sangue à paciente para verificar marcadores inflamatórios, como a proteína C reativa e a contagem de células brancas do sangue.
Por outro lado, costumamos utilizar os exames de imagem, como ultrassonografia pélvica, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, para visualizar os órgãos pélvicos e identificar abscessos e inflamação.
Em casos mais complexos ou quando necessário, a laparoscopia diagnóstica pode ser recomendada. Esse procedimento permite uma visualização direta dos órgãos internos, ajudando a confirmar a presença de abscessos.
Se um abscesso for drenado durante um procedimento, o fluido coletado pode ser enviado para cultura, identificando a bactéria causadora da infecção.
O tratamento para essa condição geralmente envolve o uso de antibióticos para combater a infecção bacteriana.
Esses antibióticos podem ser administrados por via oral ou intravenosa, dependendo da gravidade da condição.
Em casos mais graves, ou quando há acúmulo significativo de pus sem resposta ao tratamento com medicamentos, pode ser necessário realizar procedimentos para drenar o abscesso.
Isso geralmente é feito por meio de aspiração guiada por ultrassonografia, onde uma agulha é usada para retirar o líquido acumulado.
Porém, em situações mais complexas ou quando o tratamento conservador não é suficiente, podemos indicar a cirurgia.
A laparoscopia é uma opção comum, sendo um procedimento minimamente invasivo que permite a remoção do abscesso e a drenagem do pus, e é a última opção nestes casos, somente sendo utilizada quando não há melhora apesar da realização dos tratamentos citados previamente.
É uma cirurgia complexa e que frequentemente requer a retirada da tuba uterina e ou do ovário atingidos, podendo trazer um impacto significativo sobre a fertilidade feminina.
É fundamental que as mulheres sigam as orientações médicas e completem o curso de antibióticos prescrito.
Além disso, recomendamos um repouso adequado para favorecer a recuperação.
Reforçamos também que o acompanhamento médico regular com a ginecologista é essencial para monitorar a eficácia do tratamento e garantir que não haja complicações.
E como medida adicional, todas as parcerias sexuais devem ser aconselhadas a buscar avaliação e tratamento de possíveis infecções, mesmo que não tenham sintomas, para evitar nova transmissão dos agentes infecciosos.
As mulheres podem adotar várias medidas para reduzir o risco de desenvolver abscesso tubo-ovariano.
Dessa forma, recomendamos os seguintes cuidados:
Testes regulares para ISTs
Mulheres sexualmente ativas devem realizar exames periódicos para detecção de infecções sexualmente transmissíveis, permitindo o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, se necessário.
Limitação de parceiros sexuais
Reduzir o número de parceiros sexuais pode diminuir a probabilidade de exposição a ISTs reduzindo, assim, o risco de desenvolver abscesso tubo-ovariano.
Práticas sexuais seguras
O uso consistente de preservativos durante a atividade sexual é imprescindível para prevenir a transmissão de infecções sexualmente transmissíveis, como a clamídia e a gonorreia, que estão associadas ao abscesso tubo-ovariano.
Vacinação
Quando disponível, a vacinação contra ISTs, como o HPV, pode ser uma estratégia adicional para reduzir o risco de infecções e complicações na região íntima.
Para saber mais sobre a vacina do HPV, acesse esse artigo em nosso blog!
Cuidados pós-cirúrgicos
Após cirurgias ginecológicas, seguir rigorosamente as orientações médicas para prevenir infecções é crucial, uma vez que procedimentos cirúrgicos podem aumentar temporariamente o risco.
Higiene íntima adequada
Evitar duchas vaginais, que podem perturbar o equilíbrio natural da flora vaginal, e praticar uma higiene íntima adequada pode ajudar a prevenir infecções.
Além disso, é essencial manter uma comunicação aberta com a ginecologista, realizar regularmente exames ginecológicos e adotar um estilo de vida saudável para reduzir os fatores de risco associados a essa e outras condições.
Em caso de dúvida, agende uma consulta com a especialista em saúde da mulher!
Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.
Acredito que a prevenção é a melhor escolha sempre e que o engajamento da paciente no tratamento é a melhor forma de ele dar certo.
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