Você anda preocupada e constrangida com o odor na região vaginal?
Inicialmente, precisamos deixar claro que a região genital tem seu cheiro próprio, variando de uma mulher para outra, de acordo com diversos fatores.
Entretanto, é preciso estar atenta!
Isso porque, quando ele se torna forte e desagradável, pode indicar algum desequilíbrio na flora vaginal ou problemas de saúde mais sérios.
Portanto, apesar desse tema estar envolto em tabus e constrangimentos, é preciso entender as causas do odor vaginal, assim como a hora certa de procurar a orientação da ginecologista.
É normal ter odor na região vaginal?
Sim, ter um cheiro típico e característico na região genital é normal e saudável!
Nossa vagina é uma região incrível, com um pH ácido natural que nosso corpo regula perfeitamente!
Para que isso ocorra, é essencial o trabalho dos micro-organismos nessa região, que combatem infecções e garantem o equilíbrio do ambiente.
No nosso blog, temos um artigo falando mais sobre esses micro-organismos e com dicas para cuidar da sua flora vaginal, acesse e saiba mais!
A renovação celular da vagina também contribui para a produção de secreções e odores.
Assim, o cheiro natural costuma ser suave e indica que tudo está funcionando direitinho.
Mas atenção, esse odor pode mudar e indicar que algo não vai bem!
Quando o odor vaginal indica que algo está errado?
Embora um odor vaginal suave seja normal, ele pode se tornar um sinal de alerta quando torna-se mais forte, como um odor de peixe, e se for acompanhado de outros sintomas.
Assim, é preciso que você fique atenta aos seguintes sinais:
- Odor forte e desagradável: um cheiro forte de peixe podre;
- Corrimento vaginal anormal: pode ser branco acinzentado, amarelo-esverdeado ou vir em grumos;
- Coceira, ardência ou irritação;
- Dor no sexo;
- Dor ao urinar.

Reforçamos que, se você notar qualquer um desses sinais, é importante consultar a ginecologista o mais rápido possível!
Quais fatores podem alterar o cheiro da região vaginal?
Como vimos, o odor vaginal natural não precisa ser motivo de preocupação.
Algumas alterações podem indicar um momento do seu ciclo menstrual, por exemplo, enquanto outras indicam desequilíbrios ou problemas de saúde mais sérios, confira abaixo:
Desequilíbrio da flora vaginal e infecções

- Vaginose bacteriana: uma infecção comum que altera o equilíbrio das bactérias "boas" e "ruins" na vagina, causando um odor forte de peixe podre, geralmente acompanhado por corrimento;
- Candidíase: causada pelo fungo Candida albicans, a candidíase provoca corrimento branco e espesso, semelhante ao queijo cottage, além de coceira e irritação;
- Tricomoníase: uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada por um protozoário, a tricomoníase leva a um corrimento verde-amarelado com odor forte e desagradável, além de coceira, dor e vermelhidão na região genital;
- Outras ISTs: algumas ISTs, como gonorreia e clamídia, podem causar corrimento com odor anormal e outros sintomas.
Fatores hormonais
- Ciclo menstrual: o odor vaginal pode variar durante o ciclo menstrual devido às mudanças hormonais. Durante a ovulação, por exemplo, o odor pode ser mais forte devido ao aumento da produção de estrogênio;


- Menopausa: a queda dos níveis de estrogênio na menopausa pode causar ressecamento vaginal e alterações no odor.
Se você quer dicas para se adaptar à menopausa, acesse esse artigo em nosso site!
Outros fatores
- Higiene íntima: o uso excessivo de duchas vaginais, sabonetes perfumados ou outros produtos de higiene íntima pode desequilibrar a flora vaginal e causar alterações no odor;
- O que você come: alimentos picantes, com alho ou cebola podem influenciar o odor vaginal;
- Roupas íntimas: tecidos sintéticos retêm calor e umidade, favorecendo o crescimento de fungos e bactérias, alterando o odor. Então, procure optar por algodão respirável;
- Absorventes: perfumados ou com plástico podem causar irritação e alterar o pH vaginal, influenciando o odor.
Como manter a saúde vaginal?
Confira abaixo os principais cuidados para manter a saúde da sua vagina:
Sexo seguro em primeiro lugar
O uso do preservativo é fundamental para se proteger contra infecções sexualmente transmissíveis, que podem causar diversos problemas de saúde, inclusive na região vaginal.
Também converse abertamente com seu parceiro(a) sobre saúde sexual e pratiquem sexo seguro juntos.
Higiene íntima
Sabão neutro e água morna: essa é a dupla imbatível para a limpeza da região genital externa.
Evite sabonetes perfumados, duchas vaginais e outros produtos que podem desequilibrar o pH natural da vagina.
Além disso, deixe a região bem sequinha após o banho ou ducha, pois a umidade é a vilã do crescimento de fungos e bactérias.
Apesar do nome protetor diário esse tipo de dispositivo não deve ser usado diariamente, pois também abafa a região e pode predispor a alterações da flora vaginal.
Se você se incomoda com alguma umidade e secreção vaginal normal, é melhor ter uma ou duas calcinhas limpas na bolsa para trocar durante o dia do que usar protetor diário frequentemente.

Por fim, lembre-se, use calcinhas de algodão e troque-as diariamente, principalmente após a prática de exercícios físicos ou atividades que causem sudorese.
Alimentação balanceada
Uma dieta rica em frutas, verduras, legumes e grãos integrais fornece à sua vagina os nutrientes necessários para se manter saudável e forte.
A hidratação adequada também é essencial para o bom funcionamento de todo o corpo, inclusive da região íntima.
Também recomendamos o consumo de probióticos para flora vaginal após o uso de antibióticos, durante a gravidez e na prevenção e tratamento de certas condições.
Combata o estresse
O estresse pode afetar o equilíbrio hormonal e prejudicar a saúde da vagina.
Por isso, é importante praticar atividades relaxantes, como yoga, meditação ou exercícios de respiração, para controlar o estresse no dia a dia.
Ademais, dormir bem é essencial para a saúde do corpo todo, inclusive da vagina.
Além dessas dicas, faça o autoexame vaginal regularmente para detectar precocemente qualquer alteração na região genital.
E, se verificar qualquer sintoma irregular, agende uma consulta com a ginecologista imediatamente.
Um diagnóstico correto é essencial para receber o tratamento adequado e evitar complicações!
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