Sabia que a ducha vaginal não é necessária?

16 de setembro de 2025
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Você já ouviu que fazer ducha vaginal é importante para manter a higiene íntima?

Pois saiba que essa prática, ao contrário do que muitos pensam, não é necessária e pode até prejudicar a saúde vaginal.


A vagina é um órgão autolimpante com um delicado equilíbrio de bactérias benéficas que a protegem naturalmente contra infecções.

Quando esse equilíbrio é alterado por lavagens internas com água, sabonetes ou outros produtos, aumentam os riscos de irritações, infecções e desequilíbrios da flora.


Então, continue a ler esse artigo para entender o que realmente é indicado e como cuidar da região íntima de forma segura!


Ducha vaginal é necessária para manter a saúde íntima?


A ducha vaginal não é necessária para manter a saúde íntima e, na verdade, pode ser prejudicial.


A vagina é um órgão autolimpante, que mantém seu equilíbrio natural por meio da ação de bactérias benéficas, como os lactobacilos, responsáveis por preservar o pH ácido e proteger contra infecções.


Assim, quando a mulher realiza a ducha vaginal, ou seja, a lavagem da parte interna da vagina com água, soluções ou sabonetes, esse equilíbrio pode ser quebrado, aumentando o risco de infecções.


Além disso, essa prática não previne doenças, não é um método contraceptivo e pode causar irritações e desconfortos.


Por isso, os especialistas recomendam que a higiene íntima seja feita apenas na parte externa da vulva, com água e produtos adequados, de forma suave e sem exageros.


O que acontece com o equilíbrio da flora vaginal quando se faz ducha?


Quando você faz a ducha vaginal, pode comprometer o equilíbrio natural da flora vaginal seriamente.


A vagina é habitada por microrganismos benéficos, principalmente os lactobacilos, que ajudam a manter o pH vaginal ácido e funcionam como uma barreira natural contra agentes infecciosos.


Ademais, a região vaginal possui um pH ácido, que funciona como um mecanismo essencial para impedir a entrada de organismos que possam prejudicar nossa saúde.


Dessa forma, a introdução de água, sabonetes ou soluções no canal vaginal durante a ducha remove essas bactérias protetoras, alterando o ambiente natural da vagina.


Como consequência, aumenta-se o risco de infecções como vaginose bacteriana, candidíase, irritações e até doença inflamatória pélvica.


Além disso, a ducha pode empurrar microrganismos para o útero, as trompas e os ovários, favorecendo infecções mais graves.


No nosso blog, temos um guia completo sobre os cuidados necessários com a flora vaginal, acesse para saber mais!


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E após a relação sexual? A ducha vaginal é necessária? 


Após a relação sexual, a ducha vaginal não é necessária e nem recomendada.


Também é importante saber que lavar-se ou realizar ducha vaginal após a relação sexual não evita a gravidez nem previne ou trata infecções sexualmente transmissíveis.


Por isso, é preciso utilizar métodos contraceptivos e preservativo em todas as relações para garantir proteção eficaz.


A higiene íntima após o sexo deve ser feita apenas na parte externa da vulva, com água e, se desejar, um sabonete íntimo suave, sem corantes ou perfumes.



Também recomendamos urinar após a relação, pois isso ajuda a eliminar possíveis bactérias da uretra, reduzindo o risco de infecção urinária.


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Faça a limpeza de forma delicada, sem esfregar a região, e seque a área bem com uma toalha limpa.


Se houver penetração anal é importante lavar a região genital com água e sabonete de ambos os parceiros antes de partir para penetração vaginal,  para evitar a transferência de bactérias do trato digestivo para a vagina e uretra através do pênis. 


Manter esse cuidado simples é a melhor forma de prevenir desconfortos ou infecções.


Quais são os cuidados íntimos realmente recomendados para manter a saúde da região?


Confira abaixo os principais cuidados íntimos que recomendamos para manter a saúde da região íntima da mulher:


Higienizar apenas a parte externa (vulva)


A vagina é autolimpante, portanto, a higiene deve ser feita apenas na vulva, com água corrente e, se necessário, sabonete suave ou específico para a região íntima.


Evitar duchas vaginais


Como mencionamos, lavar o interior da vagina desequilibra a flora vaginal e aumenta o risco de infecções, como candidíase e vaginose bacteriana.


Usar roupas íntimas confortáveis e de algodão


Tecidos sintéticos dificultam a ventilação da região, aumentando a umidade e favorecendo a proliferação de fungos e bactérias.


Dormir sem calcinha ou com roupas leves sempre que possível


Essa prática ajuda a manter a região arejada e a prevenir infecções.


Trocar o absorvente com frequência


Durante o ciclo menstrual, é essencial trocar os absorventes a cada 4 horas (no caso dos externos) ou conforme recomendação médica (no caso de coletores ou absorventes internos), evitando o acúmulo de umidade e bactérias.


Evitar uso de sabonetes perfumados, lenços umedecidos e desodorantes íntimos


Esses produtos alteram o pH da região e podem causar irritações, alergias e desequilíbrio da microbiota vaginal.


Urinar após as relações sexuais


Essa prática ajuda a eliminar bactérias que possam ter entrado pela uretra, prevenindo infecções urinárias.


Qual a forma correta de fazer a higiene da região íntima?


Os passos corretos para uma higiene completa da região íntima da mulher são:


Lave apenas a parte externa (vulva)


A limpeza deve se concentrar na vulva, ou seja, na parte externa da genitália.


A parte interna da vagina não deve ser lavada, pois ela é autolimpante.


Use água e sabonete suave ou específico para a região íntima


Dê preferência a sabonetes neutros, sem perfume, ou aqueles formulados especialmente para a higiene íntima feminina, com pH compatível com o vaginal (levemente ácido).


Lave de frente para trás


Esse movimento evita que bactérias da região anal entrem em contato com a vagina ou uretra, reduzindo o risco de infecções.


Não exagere na frequência


Limpezas excessivas também alteram o equilíbrio da microbiota vaginal. Limpar durante o banho é suficiente para a maioria das pessoas.


Seque bem a região após o banho



Use uma toalha limpa e seca, com toques suaves, para evitar a umidade excessiva, que favorece a proliferação de fungos.


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Quer entender melhor como realizar a higiene íntima? Confira esse artigo em nosso site!


Você já conversou com a ginecologista sobre os cuidados com a higiene íntima?


Essa é uma conversa fundamental para toda mulher que deseja cuidar da saúde de forma completa e segura.


Muitas práticas consideradas “normais” no dia a dia, como o uso de duchas vaginais ou produtos perfumados, podem prejudicar o equilíbrio natural da flora vaginal.



Somente uma profissional especializada pode orientar o que realmente é indicado para o seu corpo.


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Consultas regulares com a ginecologista permitem não apenas tirar dúvidas sobre higiene, mas também acompanhar de perto o ciclo menstrual, prevenir infecções, atualizar exames de rotina e identificar precocemente qualquer alteração.


Lembre-se: cuidar da saúde íntima vai muito além da limpeza: envolve autoconhecimento, informação e acompanhamento profissional.


Portanto, se já faz um tempo desde sua última consulta, esse é o momento ideal para falar com a especialista em saúde da mulher.



Marque sua consulta e tire todas as suas dúvidas!


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Dra Juliana Ribeiro - Ginecologista em São Paulo

Dra. Juliana Ribeiro

Ginecologia, Obstetrícia e Saúde Feminina


Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.


Acredito que a prevenção é a melhor escolha sempre e que o engajamento da paciente no tratamento é a melhor forma de ele dar certo.

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