Ultrassonografia transvaginal: por que fazer o exame?

26 de agosto de 2025
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A ultrassonografia transvaginal é um exame importante que fornece informações valiosas sobre a saúde da mulher, mas muitas vezes pode gerar dúvidas e receios. 

Apesar das preocupações que possam surgir, é fundamental entender que este exame é seguro e amplamente utilizado na prática clínica, proporcionando uma visão detalhada do sistema reprodutivo e ajudando no acompanhamento da saúde feminina.


Rápido, seguro e indolor na maioria dos casos, ele ajuda a identificar alterações como miomas, cistos, endometriose e até suspeitas de câncer em estágios iniciais.


Neste artigo, você vai entender por que esse exame é tão essencial em diferentes fases da vida da mulher e quando ele deve ser realizado.


O que é a ultrassonografia transvaginal? Para que serve esse exame?


A ultrassonografia transvaginal é um exame de imagem realizado por via endovaginal, ou seja, por meio da introdução de uma sonda fina e alongada no canal vaginal.


O exame permite uma visualização detalhada dos órgãos reprodutivos femininos, como útero, ovários, trompas e endométrio.


De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), trata-se de um método seguro, não invasivo e indolor na maioria dos casos, que fornece imagens de alta resolução, fundamentais para a avaliação da saúde da mulher.


O exame é indicado tanto como parte do check-up de rotina quanto para investigar sintomas anormais.


Ele também pode ser solicitado para monitorar gestações iniciais com mais precisão do que o ultrassom abdominal.


Quais doenças podemos identificar com a ultrassonografia transvaginal?


Confira abaixo as principais condições que podemos identificar a partir desse exame:


Miomas uterinos


Tumores benignos que se desenvolvem na parede do útero e podem causar dor, sangramento e aumento do volume abdominal.


Cistos ovarianos



Estruturas cheias de líquido que se formam nos ovários, geralmente benignas, mas que precisam ser monitoradas.


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Endometriose


Pode indicar suspeita da presença de tecido endometrial fora do útero, especialmente em casos de endometriomas (cistos associados à endometriose).


Síndrome dos ovários policísticos (SOP)


Detectada pela presença de múltiplos pequenos cistos nos ovários, associada a alterações hormonais.


Pólipos 


Projeções da camada mais interna do útero, acima de sua superfície, sendo formados pelos mesmos tipos de célula, porém com um crescimento exagerado.


Malformações uterinas


Alterações na anatomia do útero que podem afetar a fertilidade ou aumentar o risco de abortos espontâneos.


Câncer ginecológico (útero, endométrio, ovários)


Embora o diagnóstico definitivo dependa de biópsia, o exame pode detectar massas suspeitas que exigem investigação complementar.


Gestação ectópica



Quando o embrião se implanta fora do útero, geralmente nas trompas, representando risco à saúde da mulher.


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Como a ultrassonografia transvaginal é feita? 


O exame é feito com a paciente deitada em posição ginecológica, com as pernas apoiadas, semelhante ao exame de Papanicolau e costuma durar poucos minutos.


O profissional responsável utiliza uma sonda fina e alongada, protegida por um preservativo e lubrificada com gel, que é delicadamente introduzida na vagina.


Essa sonda emite ondas de ultrassom, que são captadas e transformadas em imagens em tempo real, permitindo a análise detalhada do útero, endométrio, ovários, trompas (quando visíveis) e outras estruturas pélvicas.


Dessa forma, pela proximidade da sonda com os órgãos internos, oferece imagens mais nítidas do que a ultrassonografia abdominal, sendo, por isso, um dos métodos mais utilizados na prática ginecológica.


Esse exame é doloroso?


A ultrassonografia transvaginal geralmente não é dolorosa, mas algumas mulheres podem sentir leve desconforto durante a introdução da sonda, especialmente se estiverem tensas ou ansiosas.



É importante citar que a sonda utilizada é fina, lubrificada e coberta por um preservativo descartável, o que torna o procedimento mais confortável a seguro.


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Assim, quando ocorre o desconforto, costuma ser passageiro e relacionado à tensão muscular ou à sensibilidade da região.


Por isso, é importante estar relaxada e comunicar ao profissional responsável caso sinta incômodo durante o exame.


Como devo me preparar para o ultrassom transvaginal?


A preparação para a ultrassonografia transvaginal é simples e, na maioria dos casos, não requer cuidados específicos.


O exame pode ser realizado em qualquer fase do ciclo menstrual, exceto durante sangramentos muito intensos, a menos que o objetivo seja justamente investigar essa condição.


Em geral, recomendamos que a paciente esteja com a bexiga vazia, pois isso melhora a qualidade das imagens e facilita a introdução da sonda.


Não é necessário jejum e nem o uso de medicamentos.


Assim, manter a higiene íntima habitual no dia é suficiente, e o uso de absorvente interno deve ser evitado pouco antes da realização.


Em quais fases da vida indicamos a ultrassonografia transvaginal?


A ultrassonografia transvaginal pode ser indicada em diferentes fases da vida da mulher.


Recomendamos o exame sempre que houver a necessidade de uma avaliação mais precisa da região pélvica, independentemente da idade. Entretanto, como ele requer a entrada da sonda na vagina, não é recomendado para quem ainda não teve relações sexuais de penetração vaginal.


Em mulheres jovens, costumamos solicitar como um exame de rotina e para investigar irregularidades menstruais, dores pélvicas, cistos ovarianos ou alterações hormonais, como na síndrome dos ovários policísticos.


Podemos também utilizá-lo no acompanhamento de infertilidade, na avaliação do endométrio e dos ovários, bem como no monitoramento da ovulação e em gestações iniciais.


Na menopausa e pós-menopausa, torna-se um exame ainda mais importante para rastrear alterações no endométrio e investigar sangramentos anormais, que podem estar associados a patologias mais graves, como o câncer de útero.


No nosso blog, temos um artigo completo sobre sangramento após menopausa, acesse para saber mais!


Quando devo procurar a ginecologista para realizar o exame?


Você deve procurar a ginecologista sempre que experimentar dor pélvica, sangramento irregular, alterações menstruais ou suspeita de condições ginecológicas.



Porém, mesmo na ausência de sintomas, o acompanhamento regular é fundamental para a prevenção e o diagnóstico precoce de diversas doenças que podem evoluir de forma silenciosa.


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Como vimos, exames como a ultrassonografia transvaginal são aliados importantes na saúde da mulher em todas as fases da vida.

Eles ajudam a investigar alterações e acompanhar o funcionamento dos órgãos reprodutivos com precisão.


Portanto, se você nunca realizou esse exame ou está há muito tempo sem fazer um check-up ginecológico, agende uma consulta com a especialista em saúde da mulher.



Cuidar da sua saúde íntima é um gesto de autocuidado e prevenção que pode fazer toda a diferença!


Dra Juliana Ribeiro - Ginecologista em São Paulo

Dra. Juliana Ribeiro

Ginecologia, Obstetrícia e Saúde Feminina


Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.


Acredito que a prevenção é a melhor escolha sempre e que o engajamento da paciente no tratamento é a melhor forma de ele dar certo.

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